Eu desisti. Desculpa.
Fui fraco por não aguentar aquela pressão de amar. Na
verdade, nunca tive medo do amor, mas aquela sensação de magoar os demais me
deixava aflito. Me desculpa, amor, não queria te magoar, mas as vezes a gente
tem que abrir mão de certas coisas pra não mais se culpar. Não estou indo
embora por falta de amar; sei que irei sentir saudade das suas pernas
enroscando nas minhas, da tua barba invadindo minha nuca e me fazendo carinho, jamais vou esquecer
como você me tocava e o quanto o teu toque me gerava inúmeras sensações – a
começar do calor entre as pernas -. Perdoa, mas perdoa mesmo...hoje estou sendo
tão fraco que posso até não saber fazer o uso correto das palavras. Não
esquecerei os beijos, das cartas, dos nossos telefonemas, das nossas transas,
do quanto teu coração pulsava mais rápido ao me ver chegar. Cuida bem do nosso
cachorro, do nosso bebê, das nossas fotografias. Eu vou, mas um dia volto! Só não esquece: não
estou indo por falta de amor, nem por falta de amar. Estou levando comigo
algumas fotografias e uma blusa com teu perfume, que é pra quando a saudade
apertar. Vou só ali do outro lado do mundo, te comprar as flores mais lindas e
te preparar um jantar.
Me espera?
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