Felicidade.
Era isso que resumia o seu sorriso. Feliz idade.
Seus sorrisos são como o primeiro suave susto da Julieta,
quando das sombras perfumadas daquele jardim insone, Romeu aguçou seus ouvidos
com sua voz sublime, serena; é assim quando sorri. Teu sorriso lateja tanto
dentro do meu coração que o dia que não te faço sorrir, a saudade do batuque
chega pra ficar. Faço uso das poucas palavras pra te fazer sorrir. Uso piadas
tolas, versos que não rimam, frases de autoajuda parafraseadas com stand up sem
noção e se precisar, até estico meus dedos de um lado a outro do canto da sua
boca, só pra te ver sorrir. Você dizia que não era possível ser feliz sempre –
e mesmo acreditando -, eu te mostrava que sorrir era sempre possível.
Impossível era não sorrir com o som da tua gargalhada gostosa, e não ficar
feliz em questões de segundos quando o seu olhar sorria junto do seu sorriso.
Eu arriscaria dizer que até os poemas de Shakespeare não possuíam a mesma
intensidade que eu sentia ao te ver sorrir, mas devo ser meio boba mesmo, como
você bem costuma dizer. E apaixonada pelo seu sorriso. Se eu pudesse, roubaria
todos os vaga-lumes do Ivo Mozart pra te roubar sorrisos diários, ou cantava na
sua janela aquela musiquinha do Marcelo Jeneci, apesar da minha péssima voz.
Não sei porque você diz que existem dias que o sorriso se esconde, quando na
verdade ele está bem aí dentro, pertinho dos deus dentes e tua língua. Desculpa
o meu egocentrismo cego, mas é que eu adoro me perder em tuas risadas. Na tua
boca. Do lado de fora do teu coração. Mas te deixo entrar, só não esquece o teu
sorriso do lado de fora do mundo, porque algumas pessoas ainda podem te
machucar e roubá-lo pra longe de mim. Eu
poderia envelhecer do seu lado, se você deixasse, e nem iria perceber o quanto
o tempo passou, porque o tempo sempre para no momento que você sorri. Hoje, só quero o som da tua risada gostosa.
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