segunda-feira, 8 de junho de 2015

O último pedaço

Nos conhecemos numa despercebida noite de maio de algum ano que ficou perdido entre o meu pensamento acelerado e o transtorno compulsivo de te expulsar de mim. Foi lindo, cara! Foi lindo quando te deixei entrar e mostrar todas as suas músicas expressas através das palavras e carinhos trocados entre uma sms e outra. Eu achava graça nos teus ciúmes bobos, nas brigas avulsas, e amei quando você não me deixou desistir. Eu adorava a forma de como o seu sorriso se formava, ali...bem na minha frente. Gostava de ver o brilho no seu olho enquanto olhava pro meu (fazia tanto brilho que me via refletindo dentro dele). Eu quis te conhecer, mas apenas te vi. Quis te sentir, mas o único toque vivo foi o das mãos. Quis me perder nos teus ritmos, mas o único ritmo que existiu, foi o tom das batidas aceleradas do coração. Eu fiquei. Você foi. Hoje vejo que o tempo é capaz de surpreender qualquer pessoa, mas ainda não entendo como o tempo foi capaz de manchar uma história em questão de algumas horas. Ou talvez essa história nem tenha existido. Talvez as palavras, os sentimentos, a vontade mútua de estar perto, o desejo, a paixão e todos os sentimentos que nos envolviam não tivessem sido verdadeiramente sentidos. Peço desculpas ao tempo por tentar culpa-lo, mas só porque sei que ele não é capaz de retirar os sentimentos de dentro de alguém de uma hora pra outra, de uma noite pro dia. E, talvez seja isso... os sentimentos falsos da modernização de hoje em dia, que planta em você uma nova esperança e logo depois te fazem cair de um prédio de 100 andares, sem paraquedas. Isso é gostar de alguém. Se entregar e fazer de tudo para dar certo, correr riscos e levar na cara. A gente se despediu sem ao menos nos conhecer, porque todos os casais começam uma história a dois em momentos a sós, mas o nosso foi multidão, sempre foi multidão. E antes mesmo de começar, acabou! Assim, do nada, como quem não gosta de comer chocolate da noite pro dia (pois é, eu sei que isso não tem como acontecer, mas imagina se acontece, você iria confiar que amou esse tempo todo comer chocolate?).

- “não gosto de chocolate, não tem muito a ver comigo!”
Na verdade, talvez você goste tanto que nem faça ideia. Talvez você vá sentir tanta falta que nem sabe o quanto. Talvez você acabe o deixando ir embora e, quando se der conta da burrada que fez, ele já tenha se derretido na boca de um outro alguém. Talvez ele congele, ou esquente, não sei. Chocolates são como sentimentos.

Eu quis te conhecer, fosse num dia branco, ouvindo aquela canção que faltava, sabendo que você seria o meu ultimo romance, seja o que for. E no final, faltou você. Foi o que mais quis conhecer. A sós.
Nem mesmo a distância conseguiu ser mais distante que você aquele dia, nem mesmo seu sorriso conseguiu apagar o que tua falta tem me causado. Vou acreditar que seja tarde demais, que é tão diferente assim. Vou fugir da fila do pão e te acompanharei no mesmo rumo, da mesma forma e com os mesmos sentimentos que você vai carregar.

Ter fé é ver coragem no amor.
Meu peito continua repleto de fé!

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